quinta-feira, 5 de julho de 2012

OMS contra militância gay?


A militância gay e a OMS: uma questão de conveniência.

Por Yuri Freire de Carvalho Espírito Santo

Esse mês o país (no parlamento) reanimou um debate que para aqueles interessados em saúde principalmente e suscitou questões delicadas e mesmo penosas. O texto que tramita no congresso abre espaço para psicólogos que queiram tratar homossexuais em seu consultório no que tange à sua sexualidade. Acontece que o Conselho Federal de Psicologia (CFP) proibia psicólogos de tratar homossexuais em seu consultório, dado que seria um ato hostil e que ia de encontro à promoção da saúde, por considerar homossexualismo doença e assim fomentar a homofobia. Quem não reza segundo a CFP está sujeito a punições. Foi o que aconteceu com a psicóloga Marisa Lobo, que teve o seu pedido de cassação aceito pelo conselho por ela tratar homossexuais em seu consultório.

É tão fácil desmascarar os grupos militantes que levantam bandeiras escusas que com um único parágrafo seria o suficiente. Contudo contar-lhes uma história não os deixará em maus lençóis em eventuais situações. Apenas aqui já se demonstra o quanto é interesseiro o grupo de militância homossexual: adoram citar a OMS (Organização mundial de Saúde) quando é conveniente, mas esquecem-se dela quando o assunto não lhes interessa. Em um debate (infantil, diga-se de passagem) sobre homossexualismo ser ou não doença, adoram citar que a OMS retirou na sua décima edição do código de doenças (CID 10), o termo homossexualismo da sua lista. Nesse momento a OMS torna-se para eles o paladino da justiça e da moral, que avança em meio à pestilenta sociedade homofóbica. A seguir mostrarei a parte inconveniente da OMS para eles e que por isso mesmo, esquecem-se de citar.

A primeira falácia dos militantes é considerar que havia uma tendência preconceituosa nos profissionais de saúde e uma dessas evidências era justamente ter no CID 10 o termo “homossexualismo”, afinal, se estava no CID era doença. Mentira deslavada!!! Quem conhece o CID sabe que ele é uma lista que engloba doenças, sinais, sintomas, aspectos anormais, e agora vejam bem, QUEIXAS E MESMO CAUSAS EXTERNAS. Ou seja, até mesmo queixas aparecem na imensa lista que compõe o CID, cujo nome verdadeiro é “Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde”, ou seja, algo bem mais amplo que doenças somente. Mas, como dito antes, interesseiros, contam apenas o que lhes covem justamente para confundir. Classificar os médicos de homofóbicos por ter o termo no código é de uma desonestidade sem tamanho. Poder-se-ia parar por ai, mas desmascarar o inimigo nessa hora é fundamental.

Ainda na mesma OMS temos que a organização conceitua saúde como “o completo bem estar físico, mental e social” donde se tem que desde então, não se pode considerar saúde apenas como a ausência de doença. Saúde então é um estado tênue e temporário que contrasta com a doença, e agora posso falar em Saúde/Doença como algo dinâmico como a vida de uma pessoa é. E a partir de então, a saúde deixa de ser algo concreto, condição na qual uma pessoa está, e sim algo em que a pessoa transita. E promover a saúde significa dar as condições para uma pessoa viver isso. Saúde passa a ser uma construção, uma luta, um “devir a ser”. Nem vou entrar no mérito de como chegamos aí, mas sim que chegamos aí. A conclusão que logo se tem do conceito de saúde é que NINGUÉM tem saúde de fato e mais ainda que ela é algo subjetivo. Mais ainda, se ninguém é 100% saudável e existe um componente mental e social nisso, a qualquer momento uma pessoa que se descubra insatisfeita com isso, tem o direito a buscar ajuda. Ou seja, independente da condição: preto, branco, azul, mulher, homem, homossexual, heterossexual, nenhum grupo está isento, todos podem estar na ausência de saúde. Não se pode eleger um padrão de saúde, tampouco de doença. Pode-se sim, reduzir o sofrimento das pessoas, é o que o médico (psicólogo etc) sério tenta fazer. Pode-se sim, diminuir o desconforto da vida das pessoas e esse desconforto pode vir de qualquer situação e comportamento, não sou eu quem digo é a Organização Mundial da Saúde e está aí bem claro.

Sendo assim, heterossexualismo pode ser fator de doença se assim fizer incomodo à condição do paciente, pois o tira do bem-estar e assim da condição de saúde. E assim a homossexualidade também.  O que se conclui é simples, ainda que você não tenha entendido o conceito e a abstração dele: NÃO SE TRATAM NO SISTEMA DE SAÚDE APENAS DOENÇAS! Afinal de contas dentre as metas de saúde temos, entre outros, coisas como, saneamento, lazer, redução da pobreza, enfim, tudo que possa tirar o bem-estar do ser humano. Por isso, não seja safado: da próxima vez que citar o CID ou coisas como tratar gays, lembre-se disso. Mesmo gays podem buscar ajuda. Afinal não tratamos somente doenças e sim condições que incomodam o ser humano e por isso mesmo, como mostrado, ter homossexualismo no CID não é incoerente, muito menos homofóbico, basta rever os conceitos da mesma OMS. Poder-se-ia parar por aqui novamente, mas para envergonhar o adversário vamos a seguir.

Ainda segundo a OMS, no dia 10 de outubro, dia internacional de saúde mental a organização reafirmou o conceito de saúde mental dizendo que saúde mental é “um estado de bem-estar em que o indivíduo tem percepção do seu potencial, consegue lidar com o stress do dia-a-dia, trabalhar de forma produtiva e contribuir para a sua comunidade”. Sendo assim pode-se dizer que é justo uma pessoa procurar um profissional de saúde mental (psicólogo etc) desde que o estado em que ele se encontre, faça com que ele não seja capaz de lidar com coisas como o stress por exemplo. E isso inclui a homossexualidade. Não se trata aqui de curar os gays, mas sim de atender aqueles que se sintam de alguma forma incomodados com a sua condição sexual. Querer retirar isso é querer retirar um direito do cidadão. Sendo assim os homossexuais (desinformados) estão apontando as armas para as pessoas erradas. Nós estamos querendo manter um direito deles, não o contrário. Mas a militância perverte a percepção das pessoas e transformam os conceitos, confundindo as pessoas, principalmente da sociedade que apenas se restringem à mídia comum.

Veja que sob a óptica da Organização Mundial da Saúde, mesmo um heterossexual pode estar com sua saúde mental ausente devido à sua heterossexualidade, basta que isso o impeça de viver bem. Acontece que as pessoas acreditam que a sociedade exclui os homossexuais e que por isso mesmo eles que estão sujeitos a desconfortos e somente eles. Mentira! Mesmo que não existisse nenhuma forma de descriminação ou preconceito, isso não impediria de eventualmente alguém se sentir mal com a sua sexualidade e querer por isso buscar ajuda. Afinal de contas, uma pessoa não é só social, é biopsicossocial (segundo a mesma OMS de novo). Ajustar somente o social não é garantia de saúde. Exemplo claro é a sexualidade egodistonica que independente da sociedade, o indivíduo não se aceita mentalmente no seu corpo biológico. Mesmo que se abolisse qualquer caráter social, haveria seres egodistonicos. Simples e direto.

De uma hora para outra (nem tanto) o CFP de forma ditatorial escolhe aquilo que os psicólogos devem estudar, as fontes que devem ler, o que é ou não verdade absoluta, mesmo em assuntos que estão longe disso, como a homossexualidade. O que dizer disso? Profissionais bem intencionados que queiram diminuir sofrimento dos pacientes não poderão fazê-lo sob o risco de serem homofóbicos porque assim quis o conselho. O conselho passa então a ganhar caráter de infalível e fonte única de consulta, o Leviatã da psicologia, pior, o Reich da psicologia. Ai de quem questionar o conselho. Esse mesmo conselho, soberano, escolheu uma conduta soberana, acima de qualquer suspeita e acima de qualquer causa de sofrimento: o homoerotismo. A partir disso, psicólogos podem transitar sobre qualquer comportamento humano para cuidar dos pacientes exceto o comportamento homossexual.

Com essa jogada de mestre, estudos sérios serão jogados no lixo, queimados na fogueira da inquisição militante gay. Eles elegeram o seu “índex librorum prohibitorum” (com todo respeito ao índex da Igreja) e nele estão livros milenares (não vem ao caso nesse texto) e livros como os do psicanalista holandês Gerard Van den Aardweg que em um estudo serio escreveu o livro “Autopiedade neurótica e terapia antiqueixa” no qual descreve inúmeros comportamentos humanos que adquirem status patológico dentro do seu conceito de “criança queixosa” em adultos neuróticos.

Van den Aardweg está extremamente proibido de existir nas prateleiras dos cursos e consultórios de psicologia por – ao estudar mais de 200 casos de homossexuais – considerar que existe um caráter neurótico em todo homossexual e que pode vir a manifestar-se em alguns deles trazendo-os sofrimento. Caso esses homossexuais QUEIRAM podem procurar ajuda e, segundo o autor, podem vir a sair do sofrimento ao vivenciarem a terapia antiqueixa. Isso de forma bem resumida estou trazendo a pauta do livro, que trata vários comportamentos, inclusive casos extraconjugais.

Antes que você odeie o autor, entenda que você talvez seja um ignorante em psicologia. A verdade é que todo mundo tem algum mal estar psicossocial (isso por que a menos que você viva chapado, todo mundo vive insatisfeito com algo), apenas alguns se incomodam com isso e outros não. Dentre os que se incomodam com isso, alguns procuram ajuda e outros não. Os que procuram ajuda fazem isso porque entendem que o caso delas impede-as e de viver bem consigo mesma e/ou com outrem. Exemplo claro: projetar coisas para o futuro é normal, mas pode ser patológico se isso for causa de ansiedade. Enfim, atitudes normais podem causar sofrimento. Se você considerar o homossexualismo normal, deverá – por honra da verdade – considerar que também ele pode causar sofrimento e por isso merece ser tratado em consultórios de psicologia se assim desejar a pessoa homossexual que se veja com problemas.

Justiça seja feita, não se pode tratar seriamente um assunto quando se conversa com militantes. Eles desconsideram tudo, fazem qualquer malabarismo para alcançar o objetivo da causa. Não se trata de levar homossexuais para campos de concentração para uma eventual cura. Ninguém é obrigado a se tratar. Nem alcoólatras nem pessoas com câncer nem fofoqueiros, enfim, permanecer em estado patológico é um direito. Isso é vivido diariamente por profissionais médicos: não se pode dar remédio sem consentimento do paciente. Se ele escolher permanecer doente é opção dele. Do contrário, negar tratamento sim é crime! E é isso que o CFP quer fazer: negar tratamento. A diferença é que ao invés de crime isso passa a ser heroísmo.

2 comentários:

  1. Mas homossexuais não são impedidos de se tratarem caso se sintam incomodados. O psicólogo dirá a ele que sua sexualidade é algo normal e que seu sofrimento é por motivos de discriminação social. O que ele é impedido é de prometer uma cura/tratamento oara que esse homossexual vire hetero, e isso está correto. Há inúmeros casos de homossexuais que se submeteram ao tratamento mudança de orientação e acabaram entrando em depressão profunda por não conseguirem mudar.
    A OMC e os outros Conselhos não devem permititr que situações como essa se repitam por que pessoas religiosas assim querem. Também não deve ser permitido que homossexuais, coagidos por motivos sociais/religioso a acreditarem que estão errados devido as suas condições, queiram passar por tratamento que os causará frustração, depressão e possíveis suicídios.

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  2. Mas homossexuais não são impedidos de se tratarem caso se sintam incomodados. O psicólogo dirá a ele que sua sexualidade é algo normal e que seu sofrimento é por motivos de discriminação social. O que ele é impedido é de prometer uma cura/tratamento oara que esse homossexual vire hetero, e isso está correto. Há inúmeros casos de homossexuais que se submeteram ao tratamento mudança de orientação e acabaram entrando em depressão profunda por não conseguirem mudar.
    A OMC e os outros Conselhos não devem permititr que situações como essa se repitam por que pessoas religiosas assim querem. Também não deve ser permitido que homossexuais, coagidos por motivos sociais/religioso a acreditarem que estão errados devido as suas condições, queiram passar por tratamento que os causará frustração, depressão e possíveis suicídios.

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