A militância gay e a OMS: uma questão de conveniência.
Por Yuri Freire de Carvalho Espírito Santo
Esse mês o país (no parlamento)
reanimou um debate que para aqueles interessados em saúde principalmente e
suscitou questões delicadas e mesmo penosas. O texto que tramita no congresso
abre espaço para psicólogos que queiram tratar homossexuais em seu consultório
no que tange à sua sexualidade. Acontece que o Conselho Federal de Psicologia
(CFP) proibia psicólogos de tratar homossexuais em seu consultório, dado que
seria um ato hostil e que ia de encontro à promoção da saúde, por considerar
homossexualismo doença e assim fomentar a homofobia. Quem não reza segundo a CFP
está sujeito a punições. Foi o que aconteceu com a psicóloga Marisa Lobo, que
teve o seu pedido de cassação aceito pelo conselho por ela tratar homossexuais
em seu consultório.
É tão fácil desmascarar os grupos
militantes que levantam bandeiras escusas que com um único parágrafo seria o
suficiente. Contudo contar-lhes uma história não os deixará em maus lençóis em
eventuais situações. Apenas aqui já se demonstra o quanto é interesseiro o
grupo de militância homossexual: adoram citar a OMS (Organização mundial de
Saúde) quando é conveniente, mas esquecem-se dela quando o assunto não lhes
interessa. Em um debate (infantil, diga-se de passagem) sobre homossexualismo
ser ou não doença, adoram citar que a OMS retirou na sua décima edição do
código de doenças (CID 10), o termo homossexualismo da sua lista. Nesse momento
a OMS torna-se para eles o paladino da justiça e da moral, que avança em meio à
pestilenta sociedade homofóbica. A seguir mostrarei a parte inconveniente da
OMS para eles e que por isso mesmo, esquecem-se de citar.
A primeira falácia dos militantes
é considerar que havia uma tendência preconceituosa nos profissionais de saúde
e uma dessas evidências era justamente ter no CID 10 o termo “homossexualismo”,
afinal, se estava no CID era doença. Mentira deslavada!!! Quem conhece o CID
sabe que ele é uma lista que engloba doenças, sinais, sintomas, aspectos
anormais, e agora vejam bem, QUEIXAS E MESMO CAUSAS EXTERNAS. Ou seja, até
mesmo queixas aparecem na imensa lista que compõe o CID, cujo nome verdadeiro é “Classificação
Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde”, ou seja, algo bem mais amplo que doenças
somente. Mas, como dito antes, interesseiros, contam apenas o que lhes covem
justamente para confundir. Classificar os médicos de homofóbicos por ter o
termo no código é de uma desonestidade sem tamanho. Poder-se-ia parar por ai,
mas desmascarar o inimigo nessa hora é fundamental.
Ainda na mesma OMS temos que a organização conceitua saúde como “o completo
bem estar físico, mental e social” donde se tem que desde então, não se pode
considerar saúde apenas como a ausência de doença. Saúde então é um estado tênue
e temporário que contrasta com a doença, e agora posso falar em Saúde/Doença
como algo dinâmico como a vida de uma pessoa é. E a partir de então, a saúde
deixa de ser algo concreto, condição na qual uma pessoa está, e sim algo em que
a pessoa transita. E promover a saúde significa dar as condições para uma
pessoa viver isso. Saúde passa a ser uma construção, uma luta, um “devir a ser”.
Nem vou entrar no mérito de como chegamos aí, mas sim que chegamos aí. A
conclusão que logo se tem do conceito de saúde é que NINGUÉM tem saúde de fato
e mais ainda que ela é algo subjetivo. Mais ainda, se ninguém é 100% saudável e
existe um componente mental e social nisso, a qualquer momento uma pessoa que
se descubra insatisfeita com isso, tem o direito a buscar ajuda. Ou seja,
independente da condição: preto, branco, azul, mulher, homem, homossexual,
heterossexual, nenhum grupo está isento, todos podem estar na ausência de
saúde. Não se pode eleger um padrão de saúde, tampouco de doença. Pode-se sim,
reduzir o sofrimento das pessoas, é o que o médico (psicólogo etc) sério tenta fazer. Pode-se
sim, diminuir o desconforto da vida das pessoas e esse desconforto pode vir de
qualquer situação e comportamento, não sou eu quem digo é a Organização Mundial da Saúde e está aí bem claro.
Sendo assim, heterossexualismo pode ser fator de doença se assim fizer
incomodo à condição do paciente, pois o tira do bem-estar e assim da condição
de saúde. E assim a homossexualidade também. O que se conclui é simples, ainda que você não
tenha entendido o conceito e a abstração dele: NÃO SE TRATAM NO SISTEMA DE
SAÚDE APENAS DOENÇAS! Afinal de contas dentre as metas de saúde temos, entre
outros, coisas como, saneamento, lazer, redução da pobreza, enfim, tudo que
possa tirar o bem-estar do ser humano. Por isso, não seja safado: da próxima
vez que citar o CID ou coisas como tratar gays, lembre-se disso. Mesmo gays
podem buscar ajuda. Afinal não tratamos somente doenças e sim condições que
incomodam o ser humano e por isso mesmo, como mostrado, ter homossexualismo no
CID não é incoerente, muito menos homofóbico, basta rever os conceitos da mesma
OMS. Poder-se-ia parar por aqui novamente, mas para envergonhar o adversário
vamos a seguir.
Ainda segundo a OMS, no dia 10 de outubro, dia internacional de saúde
mental a organização reafirmou o conceito de saúde mental dizendo que saúde
mental é “um estado de bem-estar em que o indivíduo tem percepção do seu
potencial, consegue lidar com o stress do dia-a-dia, trabalhar de
forma produtiva e contribuir para a sua comunidade”. Sendo assim pode-se dizer
que é justo uma pessoa procurar um profissional de saúde mental (psicólogo etc)
desde que o estado em que ele se encontre, faça com que ele não seja capaz de
lidar com coisas como o stress por exemplo. E isso inclui a homossexualidade.
Não se trata aqui de curar os gays, mas sim de atender aqueles que se sintam de
alguma forma incomodados com a sua condição sexual. Querer retirar isso é
querer retirar um direito do cidadão. Sendo assim os homossexuais
(desinformados) estão apontando as armas para as pessoas erradas. Nós estamos
querendo manter um direito deles, não o contrário. Mas a militância perverte a
percepção das pessoas e transformam os conceitos, confundindo as pessoas,
principalmente da sociedade que apenas se restringem à mídia comum.
Veja que sob a óptica da Organização Mundial da Saúde, mesmo um
heterossexual pode estar com sua saúde mental ausente devido à sua
heterossexualidade, basta que isso o impeça de viver bem. Acontece que as
pessoas acreditam que a sociedade exclui os homossexuais e que por isso mesmo
eles que estão sujeitos a desconfortos e somente eles. Mentira! Mesmo que não
existisse nenhuma forma de descriminação ou preconceito, isso não impediria de
eventualmente alguém se sentir mal com a sua sexualidade e querer por isso
buscar ajuda. Afinal de contas, uma pessoa não é só social, é biopsicossocial
(segundo a mesma OMS de novo). Ajustar somente o social não é garantia de
saúde. Exemplo claro é a sexualidade egodistonica que independente da sociedade,
o indivíduo não se aceita mentalmente no seu corpo biológico. Mesmo que se
abolisse qualquer caráter social, haveria seres egodistonicos. Simples e
direto.
De uma hora para outra (nem tanto) o CFP de forma ditatorial escolhe
aquilo que os psicólogos devem estudar, as fontes que devem ler, o que é ou não
verdade absoluta, mesmo em assuntos que estão longe disso, como a
homossexualidade. O que dizer disso? Profissionais bem intencionados que
queiram diminuir sofrimento dos pacientes não poderão fazê-lo sob o risco de
serem homofóbicos porque assim quis o conselho. O conselho passa então a ganhar
caráter de infalível e fonte única de consulta, o Leviatã da psicologia, pior,
o Reich da psicologia. Ai de quem questionar o conselho. Esse mesmo conselho,
soberano, escolheu uma conduta soberana, acima de qualquer suspeita e acima de
qualquer causa de sofrimento: o homoerotismo. A partir disso, psicólogos podem
transitar sobre qualquer comportamento humano para cuidar dos pacientes exceto
o comportamento homossexual.
Com essa jogada de mestre, estudos sérios serão jogados no lixo,
queimados na fogueira da inquisição militante gay. Eles elegeram o seu “índex librorum prohibitorum” (com todo
respeito ao índex da Igreja) e nele estão livros milenares (não vem ao caso
nesse texto) e livros como os do psicanalista holandês Gerard Van den Aardweg
que em um estudo serio escreveu o livro “Autopiedade neurótica e terapia
antiqueixa” no qual descreve inúmeros comportamentos humanos que adquirem
status patológico dentro do seu conceito de “criança queixosa” em adultos
neuróticos.
Van den Aardweg está extremamente proibido de existir nas prateleiras dos
cursos e consultórios de psicologia por – ao estudar mais de 200 casos de
homossexuais – considerar que existe um caráter neurótico em todo homossexual e
que pode vir a manifestar-se em alguns deles trazendo-os sofrimento. Caso esses
homossexuais QUEIRAM podem procurar ajuda e, segundo o autor, podem vir a sair
do sofrimento ao vivenciarem a terapia antiqueixa. Isso de forma bem resumida
estou trazendo a pauta do livro, que trata vários comportamentos, inclusive casos
extraconjugais.
Antes que você odeie o autor, entenda que você talvez seja um ignorante
em psicologia. A verdade é que todo mundo tem algum mal estar psicossocial
(isso por que a menos que você viva chapado, todo mundo vive insatisfeito com
algo), apenas alguns se incomodam com isso e outros não. Dentre os que se
incomodam com isso, alguns procuram ajuda e outros não. Os que procuram ajuda
fazem isso porque entendem que o caso delas impede-as e de viver bem consigo
mesma e/ou com outrem. Exemplo claro: projetar coisas para o futuro é normal,
mas pode ser patológico se isso for causa de ansiedade. Enfim, atitudes normais
podem causar sofrimento. Se você considerar o homossexualismo normal, deverá –
por honra da verdade – considerar que também ele pode causar sofrimento e por
isso merece ser tratado em consultórios de psicologia se assim desejar a pessoa
homossexual que se veja com problemas.
Justiça seja feita, não se pode tratar seriamente um assunto quando se
conversa com militantes. Eles desconsideram tudo, fazem qualquer malabarismo
para alcançar o objetivo da causa. Não se trata de levar homossexuais para
campos de concentração para uma eventual cura. Ninguém é obrigado a se tratar.
Nem alcoólatras nem pessoas com câncer nem fofoqueiros, enfim, permanecer em
estado patológico é um direito. Isso é vivido diariamente por profissionais
médicos: não se pode dar remédio sem consentimento do paciente. Se ele escolher
permanecer doente é opção dele. Do contrário, negar tratamento sim é crime! E é
isso que o CFP quer fazer: negar tratamento. A diferença é que ao invés de
crime isso passa a ser heroísmo.
Mas homossexuais não são impedidos de se tratarem caso se sintam incomodados. O psicólogo dirá a ele que sua sexualidade é algo normal e que seu sofrimento é por motivos de discriminação social. O que ele é impedido é de prometer uma cura/tratamento oara que esse homossexual vire hetero, e isso está correto. Há inúmeros casos de homossexuais que se submeteram ao tratamento mudança de orientação e acabaram entrando em depressão profunda por não conseguirem mudar.
ResponderExcluirA OMC e os outros Conselhos não devem permititr que situações como essa se repitam por que pessoas religiosas assim querem. Também não deve ser permitido que homossexuais, coagidos por motivos sociais/religioso a acreditarem que estão errados devido as suas condições, queiram passar por tratamento que os causará frustração, depressão e possíveis suicídios.
Mas homossexuais não são impedidos de se tratarem caso se sintam incomodados. O psicólogo dirá a ele que sua sexualidade é algo normal e que seu sofrimento é por motivos de discriminação social. O que ele é impedido é de prometer uma cura/tratamento oara que esse homossexual vire hetero, e isso está correto. Há inúmeros casos de homossexuais que se submeteram ao tratamento mudança de orientação e acabaram entrando em depressão profunda por não conseguirem mudar.
ResponderExcluirA OMC e os outros Conselhos não devem permititr que situações como essa se repitam por que pessoas religiosas assim querem. Também não deve ser permitido que homossexuais, coagidos por motivos sociais/religioso a acreditarem que estão errados devido as suas condições, queiram passar por tratamento que os causará frustração, depressão e possíveis suicídios.